I
don’t know you
POV
Taylor
Droga!
Mais essa agora. Era só o que faltava mesmo. Passavam varias dúvidas pela minha
cabeça, e entre elas, a principal pergunta se Anny e eu ficaríamos juntos
novamente. Eu não tinha certeza, mas estava disposto a lutar por isso.
O
doutor chegou entrou no quarto.
-
Como se sente... – Ele examinou e ficha – Anny?
-
Minha cabeça dói... Muito – Anny respondeu, o que me frustrava não poder fazer
nada para essa dor parar.
-
Não deve ser nada – Ele respondeu - Um analgésico resolve. Pelo o que consta
aqui, você ficará bem, só precisa de repouso.
O
doutor caminhou em minha direção
-
Bom, ela chegou alcoolizada, com estomago vazio e desnutrida. Isso não é uma
boa combinação, e por isso ela acabou desmaiando... Você me disse que ela bateu
a cabeça com força no chão?
-
Sim, e... Acho que ela perdeu a memória. Ela não se lembra de mim.
- O
que você é dela?
-
Namorado
- Vocês
dois tem brigado?
-
Ah... Um pouco
- A
parte do crânio que bateu no chão é a responsável por bloquear as más
lembranças. É bem provável que ela tenha esquecido mesmo, somada com a
quantidade de álcool que ela consumiu, me admiro que ela não tenha ficado em
coma. Tenho certeza que sua memória voltará logo. No máximo, demorará alguns
meses. Se ela não sofreu algum traumatismo, teremos que submete-la a exames. –
Ele disse agora verificando a cabeça dela.
-
Certo – respondi
-
Melhoras, Anny. Venho vê-la mais tarde - O doutor sorriu e saiu. Ouvi Anny cochichar
com Ashley
- O
que houve comigo, Ash? – Perguntou Anny
- Você
desmaiou na balada quando o Taylor foi te buscar, e você bateu a cabeça com
força no chão.
-
Quem é ele? – Ela perguntou
-
Anny, ele é o Taylor! Tem certeza que não se lembra dele? - Ashley parecia tão
inconformada quanto eu
Ela
fez que não com a cabeça.
- Esquece
Ashley. Ela não vai se lembrar – Eu disse – Eu só não entendi o que o doutor
disse com ‘desnutrida’.
Ashley
corou
- A
gente tomou café de manhã e na hora do almoço ela não quis comer nada.
- E
ela foi encher a cara de barriga vazia? - Ergui uma sobrancelha
-
Aham - Ashley respondeu
Eu estava prestes a lhe dar uma bronca quando
Anny nos interrompeu
- É Taylor
o seu nome, certo? De onde eu te conheço?
-
Ele é seu namorado Anny! – Disse Ashley
-
Sério? – Anny parecia confusa. Ela parecia se esforçar para lembrar, e isso
parecia fazer sua cabeça doer – Então por que eu não me lembro de você?
-
Não sei... Acho que foi a pancada – Respondi.
- Você
é lindo – Ela com um sorriso tímido, o que me fez sorrir. Deus, como senti
falta de seu sorriso.
- Você
é mais - Eu sorri e me levantei, indo em sua direção. Me aproximei e beijei sua
testa.
Ficamos
um tempo em silencio. Ashley se sentou no pequeno sofá que tinha no quarto e
acabou dormindo novamente. Eu lia a ficha da Anny com atenção e observava o
lado de fora da janela, quando Anny me chamou.
-
Taylor...? É esse seu nome, não é?
-
Sim, é esse meu nome - Sorri e me aproximei dela.
- Me
fala mais de você. Eu quero me lembrar de você... - Ela disse e levou a mão na
testa, como se isso machucasse - O que você faz? – Ela perguntou
Isso era meio estranho. Era difícil achar alguém
que não me conhecia.
- Eu
sou ator - Eu nunca havia me apresentado assim antes. Anny parecia
impressionada.
-
Sério? Que legal! De Teatro ou Cinema?
-
Cinema - respondi
- E
que filmes você fez? - Ela perguntava e eu me sentia conversando com uma poser
- As
Aventuras de Sharkboy e Lava Girl, Doze é demais 2, Crepúsculo, Lua Nova,
Eclipse e Idas e vindas do Amor, Sem Saída... - Eu respondia enquanto contava
nos dedos. Anny pareceu espantada.
- Acho
que nunca assisti nenhum - Ela riu, envergonhada.
Eu
ri também
- E
como nos conhecemos e começamos a namorar?
- É
uma longa historia
- Eu
gosto de historias – Ela respondeu o que me pareceu com certa provocação.
-
Não danadinha, depois a gente conversa sobre isso. - Eu sorri e apertei seu
nariz, porém ela não sorriu.
- É
estranho saber que eu namoro mas não conheço meu namorado...
-
Não se preocupa meu amor, você vai se lembra – Eu a beijei na testa novamente
- Você se lembra de como conheceu
Ashley? – Perguntei
-
Não... Mas eu me lembro de que ela é a minha única amiga.
- Se
lembra de seus pais?
Ela
fez que não novamente.
- Se
lembra de aonde mora?
-
Não – Seu rosto parecia confuso.
De
repente, o doutor voltou no quarto com os medicamentos de Anny
-
Não tente forçar muito a memória dela, ela se lembrará de tudo em breve,
naturalmente. Assim que amanhecer ela será submetida a exames para saber se
houve traumatismo craniano.
Ele
deu o comprimido na mão de Anny e ela os tomou.
-
Doutor, quando Anny poderá ter alta? - Perguntei
-
Não se sabe ainda, deverão ser feitos todos os exames e enquanto isso ela
ficará em observação aqui mesmo.
-
Certo.
- Ah,
mais uma coisa... Taylor, não é? Será que poderia me dar um autógrafo? Minha
filha é sua fã – O doutor perguntou meio constrangido
-
Ah, claro – Eu disse assinando um papel qualquer.
-
Obrigado – Ele disse e saiu da sala.
Anny
nos observava fascinada
- Você
é famoso? – Ela perguntou
Fiz
que sim com a cabeça
- E
como você foi me buscar na balada?
Levantei
a peruca loira na minha mão. As lentes de contato azul eu já havia guardado.
No
momento em que Anny viu a peruca em minha mão, seu rosto se iluminou.
-
Hey... Eu me lembro de você usando essa peruca ontem na balada – Ela pareceu
animada -... Mas eu não me lembro da nossa história... Eu quero me lembrar... Mas
não consigo. – Agora ela estava frustrada.
-
Não se preocupa com isso, você vai lembrar logo.
-
Promete que vai me ajudar? Não quero que isso atrapalhe o que nós temos... -
Ela parecia meio triste, como uma criança. Minha vontade era pegá-la no colo e
protege-la de tudo, porque o jeito indefeso como ela falava era fofo demais.
-
Prometo sim, meu amor. Eu te amo. - respondi sorrindo
Anny
sorriu. Talvez ela quisesse retribuir o ‘eu te amo’, mas não seria sincero
naquele momento, e eu compreendia isso.
...
Anny
acabou cochilando e logo amanheceu. Ela foi submetida aos exames e o doutor foi
dar o resultado
-
Senhor Lautner, felizmente Anny está bem. Não houve traumatismo craniano, mas
criou um galo assustador na cabeça dela, nada demais. - Ele riu - Bom, sobre a
perda de memória, basta continuar a tomar a medicação e ser estimulada por fotos
e lembranças de parentes e amigos. Agora ela irá se alimentar e tomará soro na
veia. Após isso, ela terá alta. Você mora com ela?
- Ah
não, ela mora sozinha. - respondi
- É
melhor então ela ir passar um tempo na casa da família ou de amigos. Não é bom
ela ficar sozinha
- Ah
tudo bem, eu posso dar um jeito nisso.
-
Assine aqui, por favor – Ele me entregou o papel da conta do hospital e os
termos de responsabilidade pelo paciente. Eu assinei.
-
Assim que ela voltar ela poderá já ir para a casa.
-
Muito obrigado doutor – Eu apertei sua mão.
-
Não há de que – Ele me cumprimentou e saiu.
Logo
Ashley acordou assustada
-
Ah? Cadê a Anny?! Eu dormi demais não foi?
Eu
ri
-
Não se preocupe, ela foi fazer os exames e não deu nada grave. O doutor disse
que ela não pode ficar sozinha em casa, vou leva-la para a minha casa, tudo
bem?
-
Ah, claro. Se quiser, posso passar na casa dela e pegar umas roupas para ela.
-
Ah, seria ótimo. Traga umas fotos de família também.
- Tá
certo então.
Logo
Anny chegou ao quarto, trazida por um enfermeiro.
-
Anny, você já teve alta. O doutor disse que você não pode ficar sozinha em
casa, então vou te levar para a minha casa, tudo bem?
Anny
pareceu meio assustada
- Tá
bom então
-
Vou te ajudar a recordar das coisas, lembra? - sorri e ela assentiu.
Aquela
seria uma longa temporada de terapia...
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