Who Am I?
POV Taylor
Anny
não respondia ou reagia a minha voz. Ela realmente bateu a cabeça com muita
força no chão e nem eu sabia o que fazer. Todos olharam para ela uma multidão
se formava em sua volta. Anny continuava desacordada e foi então que percebi
que dar tapinhas em seu rosto e gritar seu nome não iria adiantar. Ela
precisava de um médico.
Peguei-a
no colo e levei até meu carro, que era uma BMW, a mais discreta que eu tinha
para não chamar muita atenção. Eu a levei até o hospital mais próximo, onde
foram feitos alguns exames e ela ficou em estado de observação. Eu achei certo
exagero para quem apenas desmaiou, mas o problema não foi o desmaio, foi a
pancada que foi séria.
De
certo modo, eu sentia que esse acidente que Anny sofreu era culpa minha. Ela
não estaria bebendo numa balada se eu tivesse dado mais ouvidos a ela do que
uma desconhecida que foi me procurar para acusá-la. É, a culpa de fato era
minha.
POV Ashley
Sai
do banheiro atrás da doida da Anny para contar uns babados que fiquei sabendo
sobre a Kesha e a Katy Perry, e não a encontrei onde ela estava na pista de
dança. Eu não estava tão bêbada. Na verdade, eu estava com medo de como Anny
estava bebendo. Ela, pelo jeito, queria MESMO esquecer o Taylor, por que a cada
copo que ela virava ela gritava ‘SAI CAPETA!’, o que estava começando a me dar
medo.
Achei
no meio da pista um dos carinhas que ela estava beijando, mas nem sinal dela.
Me aproximei dele e falei em seu ouvido, devido a música alta.
-
Neném, você viu a minha amiga por ai? - perguntei
-
Como ela é? – Ele perguntou sem parar de dançar.
-
Baixinha, surtada... não não não! Essa sou eu!... Ela é loira, estava bebendo
igual uma louca... e ela ficou com você!
- Eu
já fiquei com mais de 60 hoje, gata...
Ai
droga!
-
Ela... Ela estava muito louca! Enchendo a cara assustadoramente! Uma loirinha
baixinha, tá lembrada?
-
Ah, lembro sim! Ela desmaiou e um alemão a levou embora. Acho que para o
hospital.
Alemão?!
Eu não posso virar as costas e essa menina vai embora com qualquer um? Mas que
alemão era esse?
-
Ta, Brigada! - eu disse e me afastei do cara
Bom,
se a Anny desmaiou e alguém a levou para o hospital, a pessoa deveria ser
inteligente o bastante para leva-la para o mais próximo. Eu era mais
inteligente ainda para raciocinar isso. Se a pessoa não fosse inteligente,
teria levado ela ao curandeiro e pai de santo que tem na esquina, porque só
assim pra curar uma embriaguez lascada daquela.
Cheguei
ao Hospital e me dirigi até o balcão de informações
-
Oi! Estou procurando a minha amiga, ela chegou desmaiada e dizem que ela está
com um alemão. Você sabe se ela está aqui?
-
Bom... Desmaiada chegou uma garota sim, mas – a atendente suspirou – Com o
Taylor Lautner.
Taylor?
Mas o que...
- É
ela mesma! – Eu disse. Com certeza er ela. Isso já estava parecendo novela
mexicana e o príncipe encantado sempre aparece para salvar a Bela Adormecida,
ou nesse caso, a Anny Desmaiada.
-
Ah... Pode entrar para vê-la e se informar sobre seu estado – Ela me deu um
crachá que autorizava a entrada. Agradeci e subi pelo elevador.
Cheguei
ao quarto que indicava no crachá e dei duas batidinhas na porta antes de abrir.
Abri a porta em silêncio e para a minha surpresa, Anny estava lá, desacordada
no leito. Ao lado dela, a observando com
uma expressão triste e preocupada. Jesus, ele conseguia ficar lindo até mesmo
preocupado e triste com aquela expressão de cãozinho sem dono. Me recompus e
entrei no quarto.
-
Oi... – Ele me olhou esperançoso. Devia ter achado que era um médico. – Sou a
Ashley, amiga da Anny.
-
Ah, Oi – Ele abaixou o olhar novamente – Você quem estava naquela balada com
ela?
-
Sim, mas eu tinha me perdido dela. Eu até estava procurando ela... Eu voltei do
banheiro e me disseram que ela desmaiou e foi levada para o hospital... Por um
alemão.
Ele
deu meio que um sorriso meio tristonho e levantou uma peruca loira em sua mão.
-
Ah... Entendi – Eu disse. Tive que morder o lábio para esconder o riso. -...
Como ela está?
-
Ela foi medicada e esta instável. A pancada foi gravemente forte... Você sabe
onde vive os pais dela?
-
Carolina do Norte - respondi. Ela havia comentado isso comigo um dia.
-
Ah... Então isso era verdade – Automaticamente entendi o que ele quis dizer.
Taylor
voltou a observar Anny que continuava desacordada, e eu me sentei ao seu lado.
Era difícil definir o que me incomodava mais: Anny desacordada ou Taylor
triste.
-
Ela é uma pessoa muito boa, Taylor... Ela só mentia por que era obrigada pela
empresa trabalhava lá pelo dinheiro fácil, e apesar de achar um lugar muito
falso, ela sempre gostou de Hollywood... E ela se apaixonou por você, o que não
estava nos planos dela. E quando ela deu conta da bagunça que estava
acontecendo, ela decidiu se demitir pra ficar com você...
-
É... Eu sei. - Ele parecia enfrentar um conflito interno - Por que foram encher
a cara daquele jeito?
-
Era o único jeito de te esquecer, segundo ela. - respondi
- E
por que me esquecer?
-
Ela dizia que você merecia alguém melhor.
Ele
fez uma pausa e pareceu mais triste ainda.
-
Fui muito duro com ela. Dei ouvidos à uma desconhecida que a acusou em vez de
conversar e esclarecer as coisas com ela.
-
Ela te amava – Eu disse
Ele
fechou os olhos, acho que para tentar impedir uma lágrima.
-
É... Eu sei... Eu também a amo.
Decidi
que seria melhor parar de falar sobre sentimentos. Eu não saberia como lidar se
ele começasse a chorar ali.
Ficamos
em silencio. Eu me sentei no sofá que havia no quarto. Taylor estava tenso e
parecia se sentir culpado com o que houve com Anny. Ele não saia do lado dela,
não se sentava por um segundo. Seus olhos só se desviavam dela para a porta à
espera de um doutor e para disfarçar algumas lágrimas silenciosamente.
- O
doutor disse que é grave? – Perguntei temendo ter perguntado uma burrice óbvia,
mas não me fazia sentido isso. Ela apenas desmaiou!
- Eu
temo que ela tenha sofrido traumatismo craniano - ele respondeu sem desviar os
olhos
Puts!
Não tinha pensado nisso.
-
Acha que ela me perdoaria? – Taylor perguntou – Ou ela estava com muita raiva
de mim?
-
Não acho que posso responder essa pergunta. Mas sei que raiva de verdade ela
estava de quem contou aquilo para você. Ela quebrou tudo no escritório querendo
acabar com aquela tal de Rose
- Eu
sou tão idiota... – Ele disse se sentando ao meu lado – Isso não teria
acontecido se eu não tivesse sido tão idiota com ela.
Achei
melhor não responder e continuei calada. Eu não havia notado como estava
cansada e toda aquela bebida havia me deixado com uma leve enxaqueca. Acabei
cochilando no sofá por alguns minutos.
Já
passava das 4h da manhã. Eu cochilava no sofá e Taylor estava agora sentado do
meu lado. De repente, senti o sofá se mexer o que me fez acordar. Taylor havia
se levantado rapidamente. Anny deveria ter acordado.
-
Anny! Anny! Meu Amor! Como você está? - Ele parecia tentar controlar a agonia.
Eu me levantei e Taylor se virou para mim.
-
Ashley, avise alguém que ela acordou. – Taylor me pediu. Examinei rapidamente a
expressão no rosto de Anny e parecia vazia. Parecia que estava observando o
quarto, tentando raciocinar.
Sai
apressadamente do quarto e corri atrás de alguém pelo corredor, até que
encontrar um homem de meia idade vestido de branco.
-
Com licença... A paciente Anny, minha amiga, acordou. Será que poderia
examiná-la?
- Já
estou indo lá. - o homem sorriu
Voltei
correndo para o quarto e fui até a cama onde Taylor ainda observava Anny que
estava com os olhos abertos tentando reconhecer o quarto. Quando me aproximei,
ela reagiu no mesmo instante.
-
Ashley? É você?
O
rosto de Taylor se iluminou de repente.
-
Sim, sou eu Anny... Como você esta?
-
Minha cabeça dói... - Ela virou o pescoço e se voltou para Taylor.
Taylor
pareceu um pouco melhor que agora ela estava acordada e falava.
-
Anny, meu amor, que bom que acordou...
O
rosto de Anny ficou expressivamente indecifrável. Ela tentava analisar o rosto
de Taylor e parecia não encontrar respostas.
-
Desculpa... Eu não sei quem é você – Ela disse
Naquele
momento a gota de alegria que havia brotado no rosto de Taylor evaporou. Ele
pareceu ter levado um golpe na cara ou no coração. Acabado! Dilacerado! Era aquela expressão que era tentadoramente
impossível não ir lá tentar consola-lo! Mas achei melhor deixar isso para
depois. Taylor se afastou e se sentou no sofá.
Olhei
Anny, pasma.
-
Tem certeza que não sabe quem ele é?
-
Não... Quem é ele? - Ela perguntou
- O
homem da sua vida – Eu respondi.
Ela
não entendeu nada. Aparentemente, o “beber para esquecer” havia dado certo.
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