Capitulo 22
POV Evelyn
A guerra havia
começado. De alguma forma eu podia sentir isso.
Eu corria. Corria o
máximo que pude em velocidade vampiresca para chegar onde seria a batalha.
Quando cheguei,
todos já estavam lá. Pude ver a cara de choque e luto que predominava na face
dos Cullen. Pareciam perdidos. Sem esperanças. Prontos para o abate sem piedade.
Do outro lado, havia
os Volturi. Mais numerosos visivelmente mais orgulhosos e superiores, Suas
expressões de desprezo subliminar diziam "se
nos irritarmos, vocês já era". E alguns deles pareciam se divertir com
a situação tensa.
Subi em uma árvore e
fiquei assistindo, aflita, esperando o momento certo para intervir. Comecei a
prestar atenção na conversa.
- Mas como as
notícias correm, soubemos que vocês tem um novo membro na família. Uma curiosa
vampira, chamada Evelyn - Disse um Volturi que parecia ser Aro - Conte-me,
Carlisle, por que a transformou? - Era incrível. Parecia coisa do destino.
Cheguei exatamente quando começaram falar de mim.
- Havíamos a adotado
como humana, quando ela se tornou órfã. Quando ela teve problemas amorosos, ela
mesma pediu para ser transformada, e pensando no pedido de você mesmo, Aro,
para que nenhum humano soubesse que da existência de vampiros, nós atendemos ao
pedido dela. Não sabíamos que ela se tornaria - Respondeu Carlisle
- Sábia atitude,
Carlisle. E onde está esta vampira tão interessante, Evelyn? - Perguntou Aro.
Naquele momento, tive vontade de descer e dizer 'estou aqui', mas algo mais
forte do que mim me impediu de fazer isso. Eu não sabia o que era, mas senti
que aquela não era a hora de aparecer. Simples assim.
- Não sabemos ao
certo - Carlisle disse sem hesitar
- Mallory? -
Perguntou Aro
- Ele tem dúvidas,
mestre. Evelyn disse que partiria a fim de encontrar uma forma de nos impedir
de ser hostis. Não é exatamente uma mentira de Carlisle, mestre. - Respondeu
uma garota loira, bonita e jovial. Então aquela era famosa Mallory...
Perguntava-me se ela era mais poderosa do que eu.
- Interessante... -
Respondeu Aro
Percebi Edward se
aproximar de Bella e sussurrar algo em seu ouvido, tão baixo que nem eu mesmo
pude ouvir.
- Acho que estão com
medo de nos mostrar Evelyn. Não se preocupe meu caro amigo Carlisle, não irei
rouba-la pra minha família. - Disse Aro
- Embora Evelyn seja
um enorme perigo para nós, com os Cullen - Intrometeu um vampiro loiro, do
cabelo oleoso penteado para trás.
- Caius, lhe
garantimos que não temos nenhum plano contra vocês. - Garantiu Carlisle
- Mallory? - Disse o
tal Caius. Mallory pareceu se concentrar nos Cullen, mas estava com cara de
frustração.
- Bloquearam o campo
deles, mestre. Não consigo penetrar em suas mentes. - Respondeu Mallory
- Medo de
hostilidade, Carlisle? - Perguntou Caius
- Apenas segurança,
Caius - Respondeu Carlisle
Ninguém respondeu
nada. Eu fazia força para não ativar meus poderes para ler a mente de todos
eles. Eu não queria saber no que estavam pensando. Saber teria seus lados bons
e ruins. Preferi não saber.
- Onde está Alec? -
Perguntou Edward. Caius deu uma risadinha
- Jane? - Perguntou
Caius.
- Alec está com
Renesmee - Então, aquela era a famosa torturadora, Jane. Ela deu um sorrisinho
desafiador.
Parei um segundo
para assimilar as informações. Pelo o que eu sabia, Alec era o irmão de Jane.
Seu poder era fazer você sentir nada. Absolutamente nada. Perder todos os
sentidos, ao contrário da irmã que torturava com a mente. Alec, com a Nessie,
não poderia ser boa coisa. Entrei em choque.
De repente, todos os
Cullen se abalaram. Edward pareceu se libertar de seu mar de serenidade e
pareceu ganhar fúria
- O que fizeram com
minha filha?! - Rosnou Edward dando passos à frente, saindo do campo de
proteção de Bella
- Edward, não! -
Bella gritou, mas ele me ignorou.
No mesmo instante,
juntei meu escudo com o de Bella, como duas bolhas de sabão que se penetram
formando uma ainda maior. Bella nem percebeu o que fiz, ou se eu estava lá. Ela
estava realmente muito abalada vendo o marido se expor ao perigo, que nem notou
que agora estávamos protegendo-o juntas.
- Não fizemos nada,
meu caro Edward - Aro pareceu sereno - Não instruímos Alec a fazer
absolutamente nada. Ele agiu por conta própria. - Penetrei na mente de Aro, e
vi que ele falava a verdade.
Vi também que Edward
estava fazendo justamente o que Aro esperava e queria que ele fizesse: Que
Edward começasse com a hostilidade, para que houvesse uma batalha, e eles
pudessem dizer "Não fomos
nós quem começou." Mas
Edward nem notou esse pensamento. Ele só estava preocupado com sua filha,
Renesmee, que há alguns meses atrás o detestava.
- O que ele fez com
a minha filha?! - Ele ainda rosnava, chegando mais perto dos Volturi. Ele
estava vulnerável. Isso era total estupidez. Bella queria ir lá e puxa-lo de
volta, mas sabia que isso deixaria os outros Cullen vulneráveis e Jane atacaria.
- Não sabemos -
Disse Aro, e de repente, um vampiro grandão que parecia ser o segurança das
mulheres, saiu do meio como se fosse ao encontro hostil de Edward, pronto para
defender os Volturi. Eu estava em choque ainda quando vi Carlisle, Emmett e
Jasper já acompanhando Edward, rosnando. Era minha hora de agir. Eu tinha
certeza disso.
- PAREM!!!!! - Pulei
da árvore, me colocando entre Edward, Carlisle, Emmett, Jasper e os Volturi.
Abri meus braços, como quando há brigas, alguém tenta manter os dois lados afastados.
Todos pararam pra me ver.
Aquele momento foi
crucial. Não sabia ao certo o que fazer, ou como deveria agir. Se devia
conversar, tentar acalmar os ânimos de todos, os se deveria fazer a minha visão
se tornar real naquele momento.
Ouve-se outro silêncio
mortal. Eu continuava com os braços abertos, respirando pesado, tomando fôlego
como se precisasse disso. Era força do habito humano, de se recuperar da
adrenalina.
Olhei rapidamente
para o campo dos Cullen. Lá estavam Bella, Esme, Rosalie e Alice me encarando
com angustia, como se quisessem ajudar sem poder fazer nada. Carlisle, Edward,
Emmett e Jasper me encaravam da mesma forma. Olhei para o campo dos Volturi. Todos
pareciam serenos, com um sorriso malicioso no canto da boca. Como se a minha
aparição tivesse sido um espetáculo já esperado, e eles estivessem se
divertindo muito.
Era a mim que eles
queriam. E era eu quem daria um fim definitivo naquilo. Eu definitivamente,
tinha a eternidade e o futuro dos Cullen em minhas mãos.
O silêncio foi
quebrado. Aro deu um passo à frente
- Quem é você,
criança? - Ele me perguntou me encarando com curiosidade.
- Sou Evelyn.
Evelyn Cullen. - Respondi. Ele não pareceu
surpreso
- Então, você é a
famosa Evelyn... Pode relaxar criança. Ninguém atacará ninguém agora - Ele
sorriu. Eu voltei à posição normal, e os homens Cullen recuaram. Aro se
aproximou mais de mim.
- É um imenso
prazer, Evelyn. Me chamo Aro Volturi - Ele sorriu com seus dentes perfeitos e
brilhantes, e estendeu a mão para que eu apertasse.
Lembrei-me sobre
seus poderes, e os meus também. Eu poderia absorver seus poderes se quisesse,
ao tocar sua mão, e infelizmente, eu não sabia se poderia controlar esse poder.
Virei-me e olhei para Carlisle, visivelmente perguntando se devia apertar a mão
de Aro. Carlisle assentiu com a cabeça e eu me voltei para os Volturi. Dei
alguns passos em direção a Aro e apertei sua mão.
Eu não sabia como
controlar o poder de absorver os poderes dos outros. Era como se o destino
dissesse que eu precisaria deles mais tarde. Um choque invadiu meu braço e eu
fiquei tonta. Aro não percebeu. Ele segurava minha mão com as duas mãos,
absorvendo minhas lembranças. Automaticamente absorvi as deles também sem ele
notar. E tudo isso foi muito rápido.
- Ahh Evelyn... Você
me fez eu me sentir um carrasco. Coitadinha... Traumatizada pela morte dos
pais... Sofreu tanto... E ainda se apaixonou por um lobisomem. - Ele andava ao
meu redor enquanto falava. Parecia me avaliar e me julgar - Tanta desgraça para
uma criança só. E agora chega eu, o vilão da história, coloco medo em você e
sua família e vocês pensam que vão morrer... Eu gosto de saber o que meus
amigos pensam, e sentem. Gosto de conhecê-los de verdade. Meus inimigos também.
Agora, que já a conheço, só precisa decidir se é minha amiga ou minha inimiga.
- Me desculpe Sr
Volturi - Eu disse - Não compreendo...
- Eu tive acesso a
sua visão, minha cara. Na qual você absorvia os poderes de todos nós, Volturis,
durante a guerra.
- Não pretendo
torna-la realidade se vocês não atacarem. Vocês pretendem atacar apenas sob
provocação, não é? Não provocaremos, posso assegurar-lhe disso. Agora eu
pergunto a você. O que ainda estamos fazendo aqui? - Eu disse. Aro riu.
- Você é uma vampira
muito curiosa e interessante, minha cara Evelyn. Mas ainda não terminamos de
tratar os assuntos a que viemos tratar aqui.
- O que falta,
então? O que está em questão agora?
- Seus poderes. Você
é realmente muito poderosa. Nunca vi e nem ouvi falar em nenhum vampiro com
tais poderes, ou qualquer um com quem eu pudesse comparar com você. Você é um
risco. Um erro estando como está. O que quero dizer, minha cara, é que estou te
convidando a se juntar a nós. Volturi. Você é como Mallory. Um erro nas mãos
erradas. Nas famílias erradas. - Eu entendia o que ele queria falar.
Os Volturi pareciam
muito mais interessantes, comparados aos Cullen naquele momento: com medo,
aflitos e angustiados. Era como se os Volturi fossem um clube para vampiros
muito poderosos. Vampiros como eu. Aro queria me aumentar seu grupo (por que
aquilo não poderia ser chamado de família. Não tinha carinho, união,
fraternidade e amor como os Cullen). Eu tinha todos os poderes dos Cullen em
mim. Eu era uma nova peça rara e valiosa. E Aro me desejava em sua coleção.
- Desculpe Aro. Não
posso aceitar seu convite. Foi graças aos Cullen que eu não fui para o
orfanato. Eles me ofereceram abrigo, me alimentaram me deram carinho... Eles
foram, são e sempre serão minha família. Eu sinto muito. - Eu disse. Aro
parecia ter levado um tapa na cara.
- Tudo bem então. É
a sua decisão, e eu respeito, completamente. - Ele se voltou para os Volturi -
É a decisão dela, família. Declaro que não temos mais o que fazer aqui. Vamos
embora. Em paz. - Quando Aro disse aqui, senti um calor dentro de mim como se
meu coração ainda batesse. Senti que estava tudo bem. Mas não estava ainda,
exatamente.
- Ainda não! -
Marcus saiu do meio deles, e foi até Aro. Eu, automaticamente recuei dois
passos - Não podemos deixar essa vampira com seus dons viva. Ela é um risco não
só pra nós, mas para nós, e também para os Cullen. Eles podem não estar
planejando nos derrubar do poder agora, mas podem daqui algum tempo. E com essa
vampira eles poderão...
- Posso lhe provar
que não queremos destrona-los - Carlisle andou até o meu lado - Quantas vezes
teremos que dizer que queremos apenas viver em paz aqui? - Ele estendeu a mão
para Aro
- Isso não prova
nada! - Continuou Caius - Essa garota pode se revoltar no futuro, e nos trazer
problemas.
- Não! Eu jamais
faria isso! - Tentei explicar
- Isso não prova nada
- Continuou Caius. Ele se voltou para os outros Volturi - Eu voto em
extermina-la
Naquele momento,
tudo pareceu acontecer em câmera lenta. Carlisle me empurrou um pouco para trás
e se colocou em minha frente, como proteção. Nisso voltei minha visão para o
lado dos Cullen, onde Esme corria em velocidade vampiresca até mim. Embora os
vampiros agissem muito rápido, eu vi tudo aquilo passar em câmera lenta.
- Nãaaaaaaaaaaaaao!!
- Esme vinha em velocidade vampiresca até mim, mas no meio do caminho, parecia
ter sido atingida por uma descarga elétrica ou coisa parecida, pois ela caiu
para trás, se contorcendo de dor e caindo no chão, aparentemente inconsciente.
Num milésimo de segundo, raciocinei que Jane estava provocando isso.
- Mãaaaaaaaaaaae!! -
Eu não sabia para que lado correr. Eu poderia ir até Esme e espalhar o meu
escudo, ou poderia ir até Jane, e acabar com o mal pela raiz. Infelizmente,
acabei tomando a atitude errada e acabei indo atacar Jane. Quando eu a vi, ela
deu uma risadinha como quem diz “vem
me pegar”.
Foi lá que a minha
visão se realizou.
Lá estava eu, como
Edward, movida pela fúria, correndo até Jane para tentar matá-la.
Era curioso, que eu
sempre agia mais pela razão do que pela emoção. E a razão era ir até Esme. Mas
era estranho, eu tive ódio instantâneo de Jane, que estava atacando a Esme. Atacando a minha mãe.
Era inacreditável!
Todos tinham medo dos Volturi, mas lá estava eu, correndo furiosa, em ataque
aos Volturi. Uma Volturi em especial. Aquela que atacava quem me protegeu desde
que me tornei uma Cullen. Jane me pagaria caro por machucar Esme.
Atacar os Volturi
era algo tão irracional que acho que eu era a única fazendo isso. Mas eu estava
fazendo. Movida pelo ódio.
Antes de chegar até
Jane, alguns Volturi tentavam me para, mas eu desviava dos quais eu não me
lembrava da visão. Eu pegava com agilidade na mão daqueles os que eu havia
visto na minha visão, absorvia rapidamente seus poderes, sentia certo
desconforto, porém o ódio era mais forte. Eu continuava correndo e driblando
aqueles que se colocam entre mim e Jane. Pra mim, tudo ainda se passava em
câmera lenta.
Eu estava quase
chegando a Jane, quando Mallory se colocou entre nós. Nossos poderes eram
praticamente semelhantes, não havia como ela me parar mentalmente. Em vez
disso, ela investiu seu braço contra meu peito, mas eu desviei para baixo, como
na cena do filme Matrix, passando ilesa, finalmente ficando cara-a-cara com
Jane.
Ela ainda sorria
desafiadoramente para mim. No momento em que estávamos muito próximas e eu já
me preparava para arrancar seu pescoço, ela parou de atacar Esme, e voltou seu
ataque de tortura mental contra mim, Para o azar dela, o meu escudo estava
ativado, e eu não sofri o mínimo dano, e agora eu estava perto demais para que
ela pudesse escapar. “Te peguei!”
Eu sabia que havia
Volturis atrás de mim para tentar defender Jane, e sabia também que havia
Cullens atrás deles para me defenderem. Era tarde demais. Aquilo havia se
tornado a verdadeira batalhar. Agora era guerra.
Post Prinipal Aqui!!!
Sempre que os capítulos tiverem vários comentários postaremos capítulos mais.
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