Trabalho, trabalho e mais trabalho.
Desde que entrei nesse ramo é isso o que eu tenho feito. Não posso reclamar:
sou bem pago, conheço pessoas diferentes e bem interessantes, lugareslindos e
exóticos em todo o mundo e vivo experiências bastante significativas,como
quando conheci aquela linda e maravilhosa mulher...
GET NAKED
By The Black Wolf Girl®
I got a plan we can do it
Just when you want it baby, baby, baby…
As long as you want it
Come with me we can do it
Baby,
baby, baby…
Eu tenhoum
plano que podemos fazer
Quando
você quiser baby, baby, baby
Contanto
que você queira
Venha
comigo, nós vamos conseguir
Baby,
baby, baby...
Estávamos em Vancouver, no
Canadáhá quase duas semanas e começava a fazer frio. As ruas eram bastante
vaziasquando essa época do ano chegava. Eu e toda a equipe estávamos
concentradas no Holliday Inn e nossostrailers ficavam numa parte isolada da
cidade.
Nossos dias eram
bastantepuxados. Chegávamos antes da equipe de produção e filmagem para que
pudéssemoscomeçar os treinamentos de musculação no início e depois as artes
marciais. Eu,Robert, Kellan e Jackson fazíamos isso numa academia
exclusivamente fechadapara nós. Se treinássemos com ela aberta, com certeza,
seria um pandemônio.
A academia era enorme: tinha
sauna,piscina climatizada, esteiras eram umas 20 e um pequeno ginásio, que era
dolado da piscina e aonde se dariam nossos treinos de artes marciais.
Mas o que mais me intrigava
eraque, mesmo que estivesse fechada para outras pessoas, ela sempre estava por
lá.
- Cara, eu não sei vocês, mas eu a acho
muitogostosa... – disse Kellan.
- Não é só você! – disse Jackson
dando-lhe um tapaforte no peito dele e parando ao seu lado.
- O que você acha, Rob? – perguntou
Kellan.
- Linda! Não tenho outro adjetivo pra
defini-la. –respondeu Robert.
- E você Taylor? – perguntou Jack.
- Bom... Ela é mais velha...
- Perguntei se você a acha gostosa, não
a idade dela! – disse Jack.
- Ah... Sim, muito gostosa! – respondi
meio sem jeito.
Eu sempre ficava tímido quando
os caras começavam com esse assunto. Eles eram mais velhos que eu e, sempre que
podiam, eles davam umas escapadas, aproveitavam um pouco da fama pra pegar garotas.
Às vezes eu ia, mas não com tanta sede ao pote. Não queria usar e nem ser
usado. Achava esquisito. Por mais estranho que fosse eu acreditava no amor.
Mas desde que chegamos aqui percebemos
a presença dela e isso me incomodava mais que o normal. Não que eu não a
achasse bonita, ela era linda demais e muito gostosa. Ela sempre entrava e saia
de lá em silêncio e nunca – NUNCA! – olhava para nós. Sempre tinham algumas fãs
na frente da academia nos esperando, tirávamos fotos, dávamos autógrafos. Ela
via tudo àquilo quase sempre, mas não dava o menor cabimento.
Ela chegava com sua mala atira colo
e um ipod nos ouvidos, sempre vestindo um track-suit Juicy Couture. Iaaté o
banheiro, trocava de roupa e ia direto pra esteira. Voltava com um top curto,
mostrando sua barriga sarada e uma calça com tênis brancos – tudoAdidas.
Caminhava um pouco,
corria,caminhava mais e saia 50 minutos depois. Seu suor escorria delicadamente
percorrendo seu rosto, caindo pelo pescoço e descendo sensualmente pelos
seios.E que seios! Eram fartos, redondos e firmes (com sorte estavam sempre
pontudos,o que rendiam comentários indelicados por parte do Kellan).
Seu corpo era simplesmente perfeito.
Não só seus seios, mas tinha pernas incrivelmente duras e fortes. O bumbum era
arrebitado, arredondado. Não parecia ser bunda de mulher canadense.Os braços
também eram definidos, as costas torneadas. Não era uma mulher bombada, era
definida, delicada pra quem malhava tão forte como ela o faziatodos os dias.
Seus cabelos estavam sempre presos num rabo de cavalo ou numatrança. Eram
longos e quase loiros (ela parecia fazer clareamento, pois asraízes eram
escuras, mas as pontas eram claras). Quase chegavam à cintura.
Ela quase sempre chegava ao
mesmo horário que nós. Corria, malhava forte, ia ao banheiro e demorava um
pouco.Saia vestida de novo em seu track-suit, dessa vez com os cabelos
molhados, e com chaves nas mãos. Entrava num Polo preto e saia ouvindo música
bastante alta. Não saberia definir que banda ela ouvia, mas parecia ser bem
antigo.
Foi assim por quase dois
meses,essa mesma rotina. Kellan e Jackson sempre faziam comentários da hora que
ela entrava a hora que ela saia. Ela entrava muda e saia calada, sempre
concentrada em seu treinamento.
Com um tempo começamos os
treinos para as lutas. Chegávamos e corríamos nas esteiras por longos 30
minutos,obrigados pelo nosso treinador. Ele queria que adquiríssemos
resistência e opobre Robert era quem mais sofria com isso. Ele era nosso alvo
favorito nasbrincadeiras. Não agüentava muita bordoada, sempre perdendo pra um
de nós emnossas pequenas lutas.
Ela também estava correndo,
mashavia começado um pouco antes de nós. Sempre lá, calada, concentrada e
naúltima esteira, na outra ponta do salão. Corria há mais de meia hora.
Eu e os caras terminávamos
eíamos para o ginásio. Isso foi motivo pra gerar certa tristeza em Kellan
eJackson...
- A partir de hoje só vamos ver a
gostosa derelance. – disse Kellan.
- É uma pena! – disse Jack – Vamos nos
contentarapenas com a entrada e a saída dela.
- Acho que vocês dois estão
enganados... –interrompeu Robert.
- Como assim? – perguntou Kellan.
- Não olhe agora, você pode ter um
enfarto... –riu Rob.
Esse comentário também chamou
aminha atenção. Quando nos viramos lá vinha ela. Estava vestida num
biquínipreto. Acho que era uma espécie de biquíni pra natação, mas num modelo
menosortodoxo. Seus cabelos ainda estavam presos e ela trazia nas mãos uma
touca eum óculos, ambos na cor azul, e uma garrafa de água. Estava acompanhada
de umhomem, que creio eu, seja seu treinador.
Eles vinham rindo e
conversando.Pararam em uma das raias e ela começou o alongamento. Ele a ajudava
puxando seusbraços, mostrando movimentos e apontando pra um quadro e um relógio
que estavamafixados na parede em frente às raias. O cara saiu e sentou-se numa
cadeiraperto das bordas.
Naquele biquíni confirmamos o
queimaginávamos: seu corpo era perfeito demais. Não tinha uma celulite sequer,
nemestrias, nem nada dessas preocupações femininas. Mas isso se devia ao
seutrabalho diário naquela academia. Nada mais justo.
Ela terminou de se alongar
esubiu numa das raias centrais. A essa altura, nós quatro, que a observávamos
demodo discreto, já estávamos quase dentro da piscina. Encostamos-nos
aosalambrados que delimitavam a quadra da piscina enquanto ela estava
concentrada,olhando pra frente. O cara apitou e ela saltou, caindo perfeitamente
na piscinanum movimento rápido, fazendo um arco no ar e entrando na água, sem
fazeraquele barulho de “tchibum”, e saiu nadando.
E foi assim, quase sem parar,
poruma hora e meia. Ela parava a cada mil metros para descansar e
receberinstruções do homem que a acompanhava, logo em seguida voltando com
suasbraçadas.
- É, rapaz! O negócio ta ficando bom. –
comentouJack.
- Hahahaha... – eu comecei a rir.
- Qual é a graça? – perguntou Jack.
- Vocês... – respondi.
- O que tem a gente, Taylor?
- Vocês passam o dia todo babando por
ela, mas atéagora nenhum dos dois valentões aí tentaram alguma coisa.
- E daí? – retrucou Kellan.
- Vocês saem quase todo o fim de semana
e, sempreque podem, pegam um monte de mulher, mas com essa vocês estão
enrolando.
- Vem cá, Taylor... Chega mais. Quero
levar umpapo sério com você... – disse Kellan, chamando não só a mim, mas os
outrosdois também – você sabe por que nenhum de nós aqui pára de falar nela um
sóminuto?
- Não! Por quê?
- Porque desde o início são seus olhinhos
de lobopidão que brilham pra ela quando ela chega.
Eu fiquei quieto enquanto recebiauma fuzilada de olhares de Kellan, Rob
e Jack. Os três me olhavam com aquelacara de “rapariga”, sorrisinhos meia boca,
olhares cúmplices de quem comentavamcoisas pelas minhas costas. Fiquei todo sem
graça. Será que era isso mesmo? Euolhava sim, olhava até demais. Não perdia um
passo sequer que ela dava, mastentava ser discreto. Será que eu não tava
conseguindo disfarçar?
- Sim, eu olho pra ela. Eu sou homem.
- Sim, sabemos disso. Mas desde que ela
chegou,nós percebemos seu olhar, vamos dizer, “diferente”. – disse Rob.
- Não, não... Vocês estão exagerando.
São vocêsque estão interessados nela e ficam jogando a culpa em mim... –
tenteidisfarçar, mas esse meu comentário de garoto de sexta série foi mais do
que umaconfissão.
- Ah cara! Não precisa ficar assim, –
disse Jack –podemos te ajudar.
- Sabemos do seu interesse, como também
sabemos desuas, vamos dizer, “dificuldades” em chegar junto. – completou
Kellan.
- É cara, vamos dar um jeito. – disse
Rob.
- E que jeito é esse? – perguntei.
- AÊ! ESSE É O MEU GAROTO! – gritou
Kellan, meabraçando e me dando tapinhas – Vamos dar nosso jeito, é só esperar.
- Está certo. – ri.
O nosso treinador chegou
ecomeçamos nossos trabalhos. Ficamos até tarde da noite. Ela já tinha ido
emboraquando saímos. Não sei o que esses caras iriam fazer, mas eu iria pagar
praver.
* * *
If you like what you see
End your curiosity
Let your mind roam free
Won't you pay attention, please?
Se
vocêgosta do que vê
Mate sua
curiosidade
Deixe sua
mente viajar livremente
Não vai
prestar atenção, por favor?
Os dias foram se passando e
osnossos treinamentos estavam cada vez mais fortes e longos. Os dela também.
Elaagora malhava e nadava constantemente e seu corpo era melhorava
visivelmente.Eu não resistia e olhava a cada vez que ela aparecia. Os
comentários dos carasmudaram: agora eu era o alvo. Eles riam e me incentivavam
a tomar algumaatitude, mas ela era muito fechada, uma muralha inatingível.
Eu gostava da minha zona
deconforto, de ficar apenas observando o suor dela escorrendo quando ela
corriana esteira, ou o caminhar dela de biquíni até a piscina. Vê-la daquele
jeitosempre me deixava louco e os rapazes notavam. E me enchiam!
- Oh, Taylor...
- O que é?
- Desde quando você ta sem pegar
alguém?
- Isso não é da sua conta... – disse
pro Jack
- Eu to perguntando sem maldade. Você
anda muitointrovertido.
- É. Ando meio desiludido mesmo com as
pessoas.
- Aconteceu algo?
- Ah, só algumas garotas que só se
aproximamporque somos famosos e é até bom no começo, depois fica estranho e não
é issoque eu procuro.
- Entendo. E acho que é por isso que
você não tirao olho da nossa “atleta”.
- É... Talvez você tenha razão.
E era verdade. O fato de elanunca olhar pra nós e não ligar pra nossa
movimentação e atraia e me intrigava.Ou ela era alheia ao mundo a sua volta ou
não ligava mesmo pra quem éramos. Eisso era até bom, uma pessoa que talvez não
me olhasse com os olhos do mundo.Enfim... Eu estava ansioso desde o dia em que
os rapazes me falaram que iamplanejar algo. Eles não me falaram mais nada, a
não ser que eu deveriaaguardar.
Mais alguns dias se passaram e oKellan chegou com uma novidade. O tal
plano dele. Eu estava no trailer com amaquiadora, testando algumas coisas da
pré-produção, quando ele e o Jacksonchegaram aos pulos. Pareciam duas meninas
que haviam acabado de ver o JustinBieber...
- Hey, dog! – gritou Kellan – Aqui está
o queprometemos.
- Vai ser um estouro! – disse Jack animado.
- Do que vocês estão falando? –
perguntei.
- Disso! – disse Kellan me mostrando um
envelopepreto com letras douradas.
- Uma festa? – perguntei.
- Claro! Numa boate que conseguimos
alugar aqui nacidade. Foi um pouco custoso, mas acho que valerá a pena. –
respondeu Jack.
- E vocês acham que ela vai? Ela mal
fala com agente... – disse eu.
- Relaxa. Já enviamos os convites,
incluindo odela e mandaremos também uma limusine.
- Nossa! – foi só o que eu consegui
dizer.
De repente meu coração começou apular disparado. Será que ela iria
mesmo? Me restava esperar. A festa seria jánaquele sábado. Eu também teria que
me preparar.
Depois que os testes terminaram,eu e o Rob fomos ao shopping da cidade
e, como se sabe, não conseguimos andarnem 10 minutos por lá. Decidimos vestir o
que tínhamos em nossos quartos mesmo.Quando estávamos a trabalho não levávamos
muitas coisas, somente o básico. Setinha uma festa pra ir, nos virávamos. E era
o que faríamos agora.
* * *
My body is calling out for you badboy
I get the feeling that I just want to be with ya
Baby, I'm a freak and I don't really give a damn
I'm crazy as a mother fucker
Bet that
on ya man
Meu
corpopede pelo seu, garoto malvado
Eu tenho a
sensação que eu só quero ficar com você
Baby, eu
sou estranha e não dou a mínima
Sou louca
como uma filha-da-puta,
aposto em
você, cara
O dia chegou! Eu estava
supernervoso. Suava em bicas. Mal tinha dormido pensando nela e no que
poderiaacontecer. Nem sequer sabia seu nome. Vesti um jeans com cinto, coloquei
umacamisa branca e uma camisa quadriculada azul marinho por cima e uns
sapatos.Espetei os cabelos com um pouco de gel e me perfumei. Agora era “seja o
queDeus quiser”.
Saímos praticamente todos
juntos.O Kellan alugou uma limusine pra os caras irem e as meninas: Kristen,
Nikki,Dakota e Ashley foram em outra. Não entendi o porquê, mas descobri logo que entrei...
- É o seguinte: combinei com o cara da
limusine depegar a Lunna...
- Esse é o nome dela? – perguntei.
- Sim.
- E como você descobriu?
- Perguntando,ué?
- Praquem?
- Pro dono da academia. Quem mais
seria?
- Eu que sou retardado mesmo.
E eles riram junto comigo. Eu,
naminha burrice, não me liguei de perguntar ao dono da academia quem ela era.
Maso Kellan deve ter essas informações.
- O que mais você sabe?
- Ela é triatleta.
- Sério? – fizeram Jackson e Rob.
- Sim. Tem treinado há cinco meses,
antes de nóschegarmos. Por isso que ela treina “conosco”. – disse Kellan – tem
25 anos, éformada em Educação Física pela Universidade de Alberta, daqui do Canadá...
- Claro que é do Canadá, sua anta! –
disse Jackdando-lhe um pedala na cabeça.
- Ai! – respondeu Kellan com outro
sopapo.
- Continue! Parem com isso, seus
retardados. –disse Rob.
- Ela trabalha pela manhã numa escola
daqui dacidade. Dá aulas para crianças de natação e de ginástica e fazia boxe
também,mas parou por causa dos treinos. Gosta de rock clássico e alternativo,
dedançar, de cinema...
- Então ela sabe quem somos! – disse eu
nervoso.
- Bom, deve saber, mas o dono da
academia disseque ela não sabe “quem” somos. – disse Kellan
- Como ela não sabe? – perguntou Jack.
- Bom... Ela anda muito focada nesse
lance detriatleta que nem percebe quem está com ela aqui.
- E como ela consegue? – perguntou Rob.
- Deve ser algum tipo de concentração
Yoga, ouindiana. – deduziu Jack
- É... – fizemos eu e os outros.
- Levantei esses dados pra você não
chegar na moçae ficar sem assunto, entende?
- Sim, entendi...
- E quando chegarmos à boate subam
direto procamarote. Mandei chamar algumas pessoas importantes da cidade, um
pessoal danossa equipe, só pra encher lingüiça. Tem também umas pessoas,
umascelebridades locais...
- Tá! Tá! Entendemos. – disse Rob.
- E também a nossa mesa é
estrategicamentelocalizada. Ela tem visão pro lado de fora e pro centro da
boate. Pra você –disse Kellan apontando pra mim – ver quando ela chegar, ok?
- Ok! – disse eu.
- E boa sorte!
- Ah, obrigado.
Eu estava muito nervoso.
Euparecia um menino de 13 anos indo pra sua primeira festa com os amigos,
compermissão para voltar depois da meia-noite. Nunca me senti tão inseguro em
todaa minha vida.
Chegamos e fizemos exatamente
oque o Kellan disse. A boate estava lotada, inclusive de papparazzis.
Essescaras não paravam de nos perseguir. Queria ver só o falatório depois
dessanoite. Tivemos que posar para algumas fotos antes de entrarmos.
Algunsgritinhos de fãs, alguns autógrafos e finalmente fomos para os nossos
lugares.
Kellan e Jackson logo começaram
abeber algumas coisas. Rob se juntou com a Kristen e ficaram naquele climão
de“vou-não-vou” de sempre. Ashley, Nikki e Dakota foram dançar e eu fiquei
observandoa noitada começar.
Logo chegou o Kellan com
anotícia de que o motorista estava a caminho da boate com a Lunna. Era chegado
omomento. Dei uma olhada para fora da boate e vi o carro chegando. O
motoristasaiu e foi abrir a porta. Foi quando eu a vi.
Estava linda demais. Os
cabelossoltos em cachos, um vestido preto colado naquele corpo perfeito que ela
tinha e uma sandália que a deixava alta e esguia. Uma bolsa pequena preta nas
mãos para acompanhar e os seus olhos, que eram verdes, estavam mais acentuados devido
à pintura escura.
Uma deusa!
* * *
I'm not ashamed of my beauty you cansee what I got
Shouldn’t I freak you out, imagine if I work it out
If I get on top, you’re gonna lose your mind
The way I put it down boy you know should be up
What I gotta do to get you to want my body?
Quarter past three and ready to leave the party
Não tenho vergonha
da minha beleza, você pode ver como eu sou
Eu não
deveria te assustar... Imagine se eu me sair bem
Se eu
ficar no topo, você vai enlouquecer
O modo
como eu me dispo, garoto, você deveria se excitar
O que eu
tenho que fazer para você desejar meu corpo?
São três e
quinze e já estou pronta pra deixar a festa
Logo que foi entrando ela foi bombardeada
por flashes e mais flashes dos fotógrafos que estavam de fora da boate. Ela,
sem entender muita coisa, olhou pra eles com uma cara estranha e entrou no recinto
sem dar muita bola. Creio que ela nem sabe a quem “pertence”essa festa.
Discretamente eu fui até o
outro lado e consegui vê-la entrar. Ao entrar ela já foi sendo levada pelo som
da música. Realmente, ela gostava de dançar. Olhou para os lados e reconheceu algumas
pessoas e as cumprimentou. Depois continuou andando e foi abordada por um
funcionário do local. Ele mostrava a ela que ela deveria subir. Ela
estranhou,assim como eu também. Fez alguns sinais pro cara e continuou onde
estava.
Dirigiu-se ao bar e falou
alguma coisa com o barman. Ele, então, colocou uma dose de tequila pra ela. Ela
fez mais alguns gestos e ele trouxe sal e limão. Virou a dose com destreza
eprazer. Parecia adorar aquela bebida. Na mesma hora vi o Kellan e o Jackson me
abordarem…
- Você viu isso? – disse Jack.
- O que? Ela virando a dose de tequila?
–respondi.
- Sim cara! – disse Kellan. – Cara, mal
posso esperar no que isso vai dar. Que gostosa!
- Kellan, para com isso. O Taylor já
está nervoso e você fica secando a mulher... – defendeu-me o Jack, o que me
deixou ainda mais nervoso. – Se bem que ela se superou hoje. Está uma delícia
mesmo.
- HEY JACK! QUAL É? – disse eu.
- É Taylor, se você não se movimentar
logo um de nós vai fazer o serviço por você. – respondeu Jack.
- Ta! Tá! Mas o que aquele cara da
boate disse pra ela quando ela entrou? – perguntei curioso.
- Que ela tem mesa reservada aqui em
cima. –respondeu Kellan. – É, eu fiz 80% do caminho, cara! O resto agora é com
você.
Os dois me deram umas tapas, me
sacudiram e eu olhei pra eles. Eles ficaram sorrindo e fazendo sinais positivos
pra mim. Olhei pra onde ela estava e não é que ela virou outra dose de
tequila?Ela deu um beijo na bochecha do barman e saiu pra pista de dança. Era a
minha chance.
Desci e logo a vi. Estava dançando
sensualmente no meio daquelas pessoas. Estava um pouco escuro, apenas com luzes
negras. Minha identidade estava protegida, mas eu podia vê-la. E estava linda
mesmo. De perto era mais sexy, mais atraente. Seus movimentos me hipnotizaram
de imediato. Devagar fui me aproximando, me deixando levar pelas pessoas que a
rodeavam. De repente ela se virou e seus olhos encontraram os meus. Lunna
sorriu.
Sua dança agora me convidava a
me aproximar. E eu fui. Começamos a dançar aquela música alta e sexy. Senti que
ela me queria mais e mais perto. Ela, insinuante, virou-se de costas e eu colei
meu corpo no dela e fui seguindo seus movimentos. Ela pegou minhas mãos e fez com
que eu a abraçasse. Senti seu bumbum durinho encostar-se aos meus quadris e o
roçar dos seus movimentos me deixou excitado. Sim, eu não consegui me segurar.
Ela sentiu isso e continuou a dançar mais e mais sensual. Estava me provocando.
Dançamos uma, duas, cinco...
Dez músicas ali, colados... Sempre com ela se insinuando, sexy, provocante,tentadora.
Olhava-me com desejo e eu retribuía sem pensar. Divina, eu sentia cada parte
sedenta do seu corpo perto de mim. O seu cheiro já se misturava ao meu depois
de tantas danças. Eu percorria seu corpo com minhas mãos grandes com certo
receio. Não queria fazer o que não deveria. Não queria entrar naquele território
sem ser chamado.
Então, ao fim de mais uma
música ela me olhou e disse ao pé do meu ouvido:
- Whatare you waiting for?
Eu nada disse. Apenas segurei
seu rosto com minhas mãos e a beijei com toda a vontade que eu guardei todo
esse tempo. E que beijo era aquele... Que boca deliciosa era aquela... As mãos
dela estavam por dentro das minhas duas camisas. Sentia seus dedos me tocando,
suas unhas me arranhando, suas mãos me puxando pra colar ainda mais ao seu
corpo.Senti-a pegar minha bunda com vontade e gemer ao sentir meu corpo.
Segurei seus cabelos e puxei, encarando-a, devorando-a com o olhar, enquanto
ela lambia e mordia os lábios e me olhava de volta.
Continuamos a nos beijar por um
bom tempo. As mãos estavam perdidas: as delas em meu corpo e as minhas no
dela.Pude sentir a firmeza do seu bumbum na escuridão daquele lugar. Deslizei
meus polegares nas laterais dos seus seios e senti que ela tremeu ao perceber
que quase fora tocada. Ela gostou e intensificou os beijos.
Então ela parou de me
beijar.Olhou-me de um jeito diferente. Não havia mais sede eu seu olhar, mas
certa ternura. Segurou-me pelos cabelos, assanhando minha cabeça, tascou-me um selinho,
piscou o olho e saiu.
Eu fiquei parado, sem reação alguma.
Olhei na direção que ela seguiu e vi que ela estava saindo da boate.Acordei e
corri no meio da multidão, o que dificultou minha saída da pista.Quando
consegui sair daquela muvuca vi de relance o seu vulto saindo do lugar.Corri
até a porta e vi que ela estava na calçada fazendo sinal para algum
táxi,enquanto eu estava preso na saída por um dos seguranças que tinha
permissão denão me deixar sair sem a companhia de um deles. Quando consegui
convencer ocara a me deixar ir corri na direção dela, mas era tarde. Ela tinha
estrado notáxi e ido embora.
Pra piorar tudo fora
fotografado.Cada momento daquele meu desespero em alcançá-la seria motivo de
fofocas nos próximos dias.
* * *
- Você pode me explicar o que aconteceu
ontem? –gritou Kellan invadindo o meu quarto na manhã seguinte.
- Nem eu sei, cara... – respondi. Eu já
estava acordado e pronto pra treinar. Acho que nem dormi direito.
- Eu vi tudo, Taylor. Tudo! Vocês
estavam praticamente incendiando a pista…
- Eu sei. Eu sei... Mas eu não sei o
que aconteceu.
- Você nem pegou o telefone dela?
- Eu não tive a menor chance.
Ele e eu ficamos nos olhando
coma maior cara de frustração que você pode imaginar. Depois saímos para os
nossos treinos que hoje seriam no estúdio. Tínhamos que testar alguns movimentos,
ensaiar algumas lutas.
Mal lá chegamos vieram o Rob e
o Jack até nós com uma folha nas mãos. Eu já sabia do que se tratava. Era uma foto
minha correndo em direção ao táxi e uma foto de Lunna segundos antes entrando
no carro e a manchete: “Lautner perde rastro de Gata misteriosa”.
Aquilo me deixou preocupado.
Nãopor mim, mas por ela. A reportagem não entrava em detalhes, mas a foto
mostrava o rosto dela claramente, como também mostrava minha cara de desespero
tentando alcançá-la. O jeito era esperar até segunda-feira para tentar falar
com ela.
Como eu estava ansioso demais
osábado e o domingo foram muito longos. A segunda-feira chegou e eu fui
praacademia antes mesmo do horário marcado. Cheguei lá feito um louco. Olhei
proslados e não vi ninguém. Então sentei e esperei. Passaram-se quase duas
horas e nada. Os caras chegaram, nós continuamos nosso treinamento e nada de
Lunna dar as caras.
No dia seguinte a mesma coisa.
Ena quarta-feira e quinta-feira. Na sexta-feira a minha ansiedade começou a me atrapalhar
nos treinamentos. Eu não podia mais esperar que ela aparecesse.Criei coragem e
fui até o gerente perguntar por ela.
- Sr. Carter?
- Sim?
- Sabe aquela moça...
- A Lunna?
- Sim. Onde ela está. Não apareceu
mais…
- Ah, ela está nadando mais cedo, lá
pelas 5 da manhã, e está correndo no fim da noite, entre 8 e 10h. Ela começou
os treinos de corrida esta semana. Está atrasada, sabe? A competição será em
poucos mese se o programa dela está atrasado.
- Entendo. Onde posso encontrá-la?
- Bom, agora ela deve estar correndo ao
redor do estádio do Lions.
- Obrigado!
Sai da academia, peguei o carro
e acelerei até o estádio. Já conhecia bem a cidade e logo cheguei ao local. Era
grande demais. Entrei com facilidade, pois não havia ninguém nos portões. Andei
um pouco e vi a grama verde e, ao redor, uma pista de corrida. Lunna estava correndo,
concentrada, como sempre. O técnico dela estava sentado num dos bancos que ali
ficavam para os atletas. Ele se levantou, fez sinal que iria embora. Ela não
respondeu, continuou correndo. Resolvi me sentar e observar.
Uns vinte minutos depois ela parou.
Levantei e fui andando, descendo alguns degraus. Estava iluminado apenas na
pista. Caso ela me notasse, talvez não soubesse que era eu. Aproximei-memais e
a vi saindo para um dos vestiários dos atletas, que ficava no subsolo.Corri e
desci até o campo e me direcionei até a entrada do lugar.
Devagar fui descendo as escadas
eescutei o barulho do chuveiro. Pensei um pouco e lembrei-me do Kellan. Se
eleestivesse aqui me empurraria vestiário adentro. Empurrado eu não fui. Na verdade,
fui sugado pela curiosidade.
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