sexta-feira, 27 de abril de 2012

Get Naked por @BlackwolfGirl - shipper: Taylor Lautner



Trabalho, trabalho e mais trabalho. Desde que entrei nesse ramo é isso o que eu tenho feito. Não posso reclamar: sou bem pago, conheço pessoas diferentes e bem interessantes, lugareslindos e exóticos em todo o mundo e vivo experiências bastante significativas,como quando conheci aquela linda e maravilhosa mulher...

GET NAKED
By The Black Wolf Girl®
I got a plan we can do it
Just when you want it baby, baby, baby…
As long as you want it
Come with me we can do it
Baby, baby, baby…
Eu tenhoum plano que podemos fazer
Quando você quiser baby, baby, baby
Contanto que você queira
Venha comigo, nós vamos conseguir
Baby, baby, baby...

Estávamos em Vancouver, no Canadáhá quase duas semanas e começava a fazer frio. As ruas eram bastante vaziasquando essa época do ano chegava. Eu e toda a equipe estávamos concentradas no Holliday Inn e nossostrailers ficavam numa parte isolada da cidade.
Nossos dias eram bastantepuxados. Chegávamos antes da equipe de produção e filmagem para que pudéssemoscomeçar os treinamentos de musculação no início e depois as artes marciais. Eu,Robert, Kellan e Jackson fazíamos isso numa academia exclusivamente fechadapara nós. Se treinássemos com ela aberta, com certeza, seria um pandemônio.
A academia era enorme: tinha sauna,piscina climatizada, esteiras eram umas 20 e um pequeno ginásio, que era dolado da piscina e aonde se dariam nossos treinos de artes marciais.
Mas o que mais me intrigava eraque, mesmo que estivesse fechada para outras pessoas, ela sempre estava por lá.
- Cara, eu não sei vocês, mas eu a acho muitogostosa... – disse Kellan.
- Não é só você! – disse Jackson dando-lhe um tapaforte no peito dele e parando ao seu lado.
- O que você acha, Rob? – perguntou Kellan.
- Linda! Não tenho outro adjetivo pra defini-la. –respondeu Robert.
- E você Taylor? – perguntou Jack.
- Bom... Ela é mais velha...
- Perguntei se você a acha gostosa, não a idade dela! – disse Jack.
- Ah... Sim, muito gostosa! – respondi meio sem jeito.
Eu sempre ficava tímido quando os caras começavam com esse assunto. Eles eram mais velhos que eu e, sempre que podiam, eles davam umas escapadas, aproveitavam um pouco da fama pra pegar garotas. Às vezes eu ia, mas não com tanta sede ao pote. Não queria usar e nem ser usado. Achava esquisito. Por mais estranho que fosse eu acreditava no amor.
Mas desde que chegamos aqui percebemos a presença dela e isso me incomodava mais que o normal. Não que eu não a achasse bonita, ela era linda demais e muito gostosa. Ela sempre entrava e saia de lá em silêncio e nunca – NUNCA! – olhava para nós. Sempre tinham algumas fãs na frente da academia nos esperando, tirávamos fotos, dávamos autógrafos. Ela via tudo àquilo quase sempre, mas não dava o menor cabimento.
Ela chegava com sua mala atira colo e um ipod nos ouvidos, sempre vestindo um track-suit Juicy Couture. Iaaté o banheiro, trocava de roupa e ia direto pra esteira. Voltava com um top curto, mostrando sua barriga sarada e uma calça com tênis brancos – tudoAdidas.
Caminhava um pouco, corria,caminhava mais e saia 50 minutos depois. Seu suor escorria delicadamente percorrendo seu rosto, caindo pelo pescoço e descendo sensualmente pelos seios.E que seios! Eram fartos, redondos e firmes (com sorte estavam sempre pontudos,o que rendiam comentários indelicados por parte do Kellan).
Seu corpo era simplesmente perfeito. Não só seus seios, mas tinha pernas incrivelmente duras e fortes. O bumbum era arrebitado, arredondado. Não parecia ser bunda de mulher canadense.Os braços também eram definidos, as costas torneadas. Não era uma mulher bombada, era definida, delicada pra quem malhava tão forte como ela o faziatodos os dias. Seus cabelos estavam sempre presos num rabo de cavalo ou numatrança. Eram longos e quase loiros (ela parecia fazer clareamento, pois asraízes eram escuras, mas as pontas eram claras). Quase chegavam à cintura.
Ela quase sempre chegava ao mesmo horário que nós. Corria, malhava forte, ia ao banheiro e demorava um pouco.Saia vestida de novo em seu track-suit, dessa vez com os cabelos molhados, e com chaves nas mãos. Entrava num Polo preto e saia ouvindo música bastante alta. Não saberia definir que banda ela ouvia, mas parecia ser bem antigo.
Foi assim por quase dois meses,essa mesma rotina. Kellan e Jackson sempre faziam comentários da hora que ela entrava a hora que ela saia. Ela entrava muda e saia calada, sempre concentrada em seu treinamento.
Com um tempo começamos os treinos para as lutas. Chegávamos e corríamos nas esteiras por longos 30 minutos,obrigados pelo nosso treinador. Ele queria que adquiríssemos resistência e opobre Robert era quem mais sofria com isso. Ele era nosso alvo favorito nasbrincadeiras. Não agüentava muita bordoada, sempre perdendo pra um de nós emnossas pequenas lutas.
Ela também estava correndo, mashavia começado um pouco antes de nós. Sempre lá, calada, concentrada e naúltima esteira, na outra ponta do salão. Corria há mais de meia hora.
Eu e os caras terminávamos eíamos para o ginásio. Isso foi motivo pra gerar certa tristeza em Kellan eJackson...
- A partir de hoje só vamos ver a gostosa derelance. – disse Kellan.
- É uma pena! – disse Jack – Vamos nos contentarapenas com a entrada e a saída dela.
- Acho que vocês dois estão enganados... –interrompeu Robert.
- Como assim? – perguntou Kellan.
- Não olhe agora, você pode ter um enfarto... –riu Rob.
Esse comentário também chamou aminha atenção. Quando nos viramos lá vinha ela. Estava vestida num biquínipreto. Acho que era uma espécie de biquíni pra natação, mas num modelo menosortodoxo. Seus cabelos ainda estavam presos e ela trazia nas mãos uma touca eum óculos, ambos na cor azul, e uma garrafa de água. Estava acompanhada de umhomem, que creio eu, seja seu treinador.
Eles vinham rindo e conversando.Pararam em uma das raias e ela começou o alongamento. Ele a ajudava puxando seusbraços, mostrando movimentos e apontando pra um quadro e um relógio que estavamafixados na parede em frente às raias. O cara saiu e sentou-se numa cadeiraperto das bordas.
Naquele biquíni confirmamos o queimaginávamos: seu corpo era perfeito demais. Não tinha uma celulite sequer, nemestrias, nem nada dessas preocupações femininas. Mas isso se devia ao seutrabalho diário naquela academia. Nada mais justo.
Ela terminou de se alongar esubiu numa das raias centrais. A essa altura, nós quatro, que a observávamos demodo discreto, já estávamos quase dentro da piscina. Encostamos-nos aosalambrados que delimitavam a quadra da piscina enquanto ela estava concentrada,olhando pra frente. O cara apitou e ela saltou, caindo perfeitamente na piscinanum movimento rápido, fazendo um arco no ar e entrando na água, sem fazeraquele barulho de “tchibum”, e saiu nadando.
E foi assim, quase sem parar, poruma hora e meia. Ela parava a cada mil metros para descansar e receberinstruções do homem que a acompanhava, logo em seguida voltando com suasbraçadas.
- É, rapaz! O negócio ta ficando bom. – comentouJack.
- Hahahaha... – eu comecei a rir.
- Qual é a graça? – perguntou Jack.
- Vocês... – respondi.
- O que tem a gente, Taylor?
- Vocês passam o dia todo babando por ela, mas atéagora nenhum dos dois valentões aí tentaram alguma coisa.
- E daí? – retrucou Kellan.
- Vocês saem quase todo o fim de semana e, sempreque podem, pegam um monte de mulher, mas com essa vocês estão enrolando.
- Vem cá, Taylor... Chega mais. Quero levar umpapo sério com você... – disse Kellan, chamando não só a mim, mas os outrosdois também – você sabe por que nenhum de nós aqui pára de falar nela um sóminuto?
- Não! Por quê?
- Porque desde o início são seus olhinhos de lobopidão que brilham pra ela quando ela chega.
Eu fiquei quieto enquanto recebiauma fuzilada de olhares de Kellan, Rob e Jack. Os três me olhavam com aquelacara de “rapariga”, sorrisinhos meia boca, olhares cúmplices de quem comentavamcoisas pelas minhas costas. Fiquei todo sem graça. Será que era isso mesmo? Euolhava sim, olhava até demais. Não perdia um passo sequer que ela dava, mastentava ser discreto. Será que eu não tava conseguindo disfarçar?
- Sim, eu olho pra ela. Eu sou homem.
- Sim, sabemos disso. Mas desde que ela chegou,nós percebemos seu olhar, vamos dizer, “diferente”. – disse Rob.
- Não, não... Vocês estão exagerando. São vocêsque estão interessados nela e ficam jogando a culpa em mim... – tenteidisfarçar, mas esse meu comentário de garoto de sexta série foi mais do que umaconfissão.
- Ah cara! Não precisa ficar assim, – disse Jack –podemos te ajudar.
- Sabemos do seu interesse, como também sabemos desuas, vamos dizer, “dificuldades” em chegar junto. – completou Kellan.
- É cara, vamos dar um jeito. – disse Rob.
- E que jeito é esse? – perguntei.
- AÊ! ESSE É O MEU GAROTO! – gritou Kellan, meabraçando e me dando tapinhas – Vamos dar nosso jeito, é só esperar.
- Está certo. – ri.
O nosso treinador chegou ecomeçamos nossos trabalhos. Ficamos até tarde da noite. Ela já tinha ido emboraquando saímos. Não sei o que esses caras iriam fazer, mas eu iria pagar praver.
* * *
If you like what you see
End your curiosity
Let your mind roam free
Won't you pay attention, please?
Se vocêgosta do que vê
Mate sua curiosidade
Deixe sua mente viajar livremente
Não vai prestar atenção, por favor?

Os dias foram se passando e osnossos treinamentos estavam cada vez mais fortes e longos. Os dela também. Elaagora malhava e nadava constantemente e seu corpo era melhorava visivelmente.Eu não resistia e olhava a cada vez que ela aparecia. Os comentários dos carasmudaram: agora eu era o alvo. Eles riam e me incentivavam a tomar algumaatitude, mas ela era muito fechada, uma muralha inatingível.
Eu gostava da minha zona deconforto, de ficar apenas observando o suor dela escorrendo quando ela corriana esteira, ou o caminhar dela de biquíni até a piscina. Vê-la daquele jeitosempre me deixava louco e os rapazes notavam. E me enchiam!
- Oh, Taylor...
- O que é?
- Desde quando você ta sem pegar alguém?
- Isso não é da sua conta... – disse pro Jack
- Eu to perguntando sem maldade. Você anda muitointrovertido.
- É. Ando meio desiludido mesmo com as pessoas.
- Aconteceu algo?
- Ah, só algumas garotas que só se aproximamporque somos famosos e é até bom no começo, depois fica estranho e não é issoque eu procuro.
- Entendo. E acho que é por isso que você não tirao olho da nossa “atleta”.
- É... Talvez você tenha razão.
E era verdade. O fato de elanunca olhar pra nós e não ligar pra nossa movimentação e atraia e me intrigava.Ou ela era alheia ao mundo a sua volta ou não ligava mesmo pra quem éramos. Eisso era até bom, uma pessoa que talvez não me olhasse com os olhos do mundo.Enfim... Eu estava ansioso desde o dia em que os rapazes me falaram que iamplanejar algo. Eles não me falaram mais nada, a não ser que eu deveriaaguardar.
Mais alguns dias se passaram e oKellan chegou com uma novidade. O tal plano dele. Eu estava no trailer com amaquiadora, testando algumas coisas da pré-produção, quando ele e o Jacksonchegaram aos pulos. Pareciam duas meninas que haviam acabado de ver o JustinBieber...
- Hey, dog! – gritou Kellan – Aqui está o queprometemos.
- Vai ser um estouro! – disse Jack animado.
- Do que vocês estão falando? – perguntei.
- Disso! – disse Kellan me mostrando um envelopepreto com letras douradas.
- Uma festa? – perguntei.
- Claro! Numa boate que conseguimos alugar aqui nacidade. Foi um pouco custoso, mas acho que valerá a pena. – respondeu Jack.
- E vocês acham que ela vai? Ela mal fala com agente... – disse eu.
- Relaxa. Já enviamos os convites, incluindo odela e mandaremos também uma limusine.
- Nossa! – foi só o que eu consegui dizer.
De repente meu coração começou apular disparado. Será que ela iria mesmo? Me restava esperar. A festa seria jánaquele sábado. Eu também teria que me preparar.
Depois que os testes terminaram,eu e o Rob fomos ao shopping da cidade e, como se sabe, não conseguimos andarnem 10 minutos por lá. Decidimos vestir o que tínhamos em nossos quartos mesmo.Quando estávamos a trabalho não levávamos muitas coisas, somente o básico. Setinha uma festa pra ir, nos virávamos. E era o que faríamos agora.
* * *
My body is calling out for you badboy
I get the feeling that I just want to be with ya
Baby, I'm a freak and I don't really give a damn
I'm crazy as a mother fucker
Bet that on ya man
Meu corpopede pelo seu, garoto malvado
Eu tenho a sensação que eu só quero ficar com você
Baby, eu sou estranha e não dou a mínima
Sou louca como uma filha-da-puta,
aposto em você, cara

O dia chegou! Eu estava supernervoso. Suava em bicas. Mal tinha dormido pensando nela e no que poderiaacontecer. Nem sequer sabia seu nome. Vesti um jeans com cinto, coloquei umacamisa branca e uma camisa quadriculada azul marinho por cima e uns sapatos.Espetei os cabelos com um pouco de gel e me perfumei. Agora era “seja o queDeus quiser”.
Saímos praticamente todos juntos.O Kellan alugou uma limusine pra os caras irem e as meninas: Kristen, Nikki,Dakota e Ashley foram em outra. Não entendi o porquê, mas descobri logo que entrei...
- É o seguinte: combinei com o cara da limusine depegar a Lunna...
- Esse é o nome dela? – perguntei.
- Sim.
- E como você descobriu?
- Perguntando,ué?
- Praquem?
- Pro dono da academia. Quem mais seria?
- Eu que sou retardado mesmo.

E eles riram junto comigo. Eu, naminha burrice, não me liguei de perguntar ao dono da academia quem ela era. Maso Kellan deve ter essas informações.
- O que mais você sabe?
- Ela é triatleta.
- Sério? – fizeram Jackson e Rob.
- Sim. Tem treinado há cinco meses, antes de nóschegarmos. Por isso que ela treina “conosco”. – disse Kellan – tem 25 anos, éformada em Educação Física pela Universidade de Alberta, daqui do Canadá...
- Claro que é do Canadá, sua anta! – disse Jackdando-lhe um pedala na cabeça.
- Ai! – respondeu Kellan com outro sopapo.
- Continue! Parem com isso, seus retardados. –disse Rob.
- Ela trabalha pela manhã numa escola daqui dacidade. Dá aulas para crianças de natação e de ginástica e fazia boxe também,mas parou por causa dos treinos. Gosta de rock clássico e alternativo, dedançar, de cinema...
- Então ela sabe quem somos! – disse eu nervoso.
- Bom, deve saber, mas o dono da academia disseque ela não sabe “quem” somos. – disse Kellan
- Como ela não sabe? – perguntou Jack.
- Bom... Ela anda muito focada nesse lance detriatleta que nem percebe quem está com ela aqui.
- E como ela consegue? – perguntou Rob.
- Deve ser algum tipo de concentração Yoga, ouindiana. – deduziu Jack
- É... – fizemos eu e os outros.
- Levantei esses dados pra você não chegar na moçae ficar sem assunto, entende?
- Sim, entendi...
- E quando chegarmos à boate subam direto procamarote. Mandei chamar algumas pessoas importantes da cidade, um pessoal danossa equipe, só pra encher lingüiça. Tem também umas pessoas, umascelebridades locais...
- Tá! Tá! Entendemos. – disse Rob.
- E também a nossa mesa é estrategicamentelocalizada. Ela tem visão pro lado de fora e pro centro da boate. Pra você –disse Kellan apontando pra mim – ver quando ela chegar, ok?
- Ok! – disse eu.
- E boa sorte!
- Ah, obrigado.

Eu estava muito nervoso. Euparecia um menino de 13 anos indo pra sua primeira festa com os amigos, compermissão para voltar depois da meia-noite. Nunca me senti tão inseguro em todaa minha vida.
Chegamos e fizemos exatamente oque o Kellan disse. A boate estava lotada, inclusive de papparazzis. Essescaras não paravam de nos perseguir. Queria ver só o falatório depois dessanoite. Tivemos que posar para algumas fotos antes de entrarmos. Algunsgritinhos de fãs, alguns autógrafos e finalmente fomos para os nossos lugares.
Kellan e Jackson logo começaram abeber algumas coisas. Rob se juntou com a Kristen e ficaram naquele climão de“vou-não-vou” de sempre. Ashley, Nikki e Dakota foram dançar e eu fiquei observandoa noitada começar.
Logo chegou o Kellan com anotícia de que o motorista estava a caminho da boate com a Lunna. Era chegado omomento. Dei uma olhada para fora da boate e vi o carro chegando. O motoristasaiu e foi abrir a porta. Foi quando eu a vi.
Estava linda demais. Os cabelossoltos em cachos, um vestido preto colado naquele corpo perfeito que ela tinha e uma sandália que a deixava alta e esguia. Uma bolsa pequena preta nas mãos para acompanhar e os seus olhos, que eram verdes, estavam mais acentuados devido à pintura escura.
Uma deusa!
* * *
I'm not ashamed of my beauty you cansee what I got
Shouldn’t I freak you out, imagine if I work it out
If I get on top, you’re gonna lose your mind
The way I put it down boy you know should be up
What I gotta do to get you to want my body?
Quarter past three and ready to leave the party
Não tenho vergonha da minha beleza, você pode ver como eu sou
Eu não deveria te assustar... Imagine se eu me sair bem
Se eu ficar no topo, você vai enlouquecer
O modo como eu me dispo, garoto, você deveria se excitar
O que eu tenho que fazer para você desejar meu corpo?
São três e quinze e já estou pronta pra deixar a festa

Logo que foi entrando ela foi bombardeada por flashes e mais flashes dos fotógrafos que estavam de fora da boate. Ela, sem entender muita coisa, olhou pra eles com uma cara estranha e entrou no recinto sem dar muita bola. Creio que ela nem sabe a quem “pertence”essa festa.
Discretamente eu fui até o outro lado e consegui vê-la entrar. Ao entrar ela já foi sendo levada pelo som da música. Realmente, ela gostava de dançar. Olhou para os lados e reconheceu algumas pessoas e as cumprimentou. Depois continuou andando e foi abordada por um funcionário do local. Ele mostrava a ela que ela deveria subir. Ela estranhou,assim como eu também. Fez alguns sinais pro cara e continuou onde estava.
Dirigiu-se ao bar e falou alguma coisa com o barman. Ele, então, colocou uma dose de tequila pra ela. Ela fez mais alguns gestos e ele trouxe sal e limão. Virou a dose com destreza eprazer. Parecia adorar aquela bebida. Na mesma hora vi o Kellan e o Jackson me abordarem…
- Você viu isso? – disse Jack.
- O que? Ela virando a dose de tequila? –respondi.
- Sim cara! – disse Kellan. – Cara, mal posso esperar no que isso vai dar. Que gostosa!
- Kellan, para com isso. O Taylor já está nervoso e você fica secando a mulher... – defendeu-me o Jack, o que me deixou ainda mais nervoso. – Se bem que ela se superou hoje. Está uma delícia mesmo.
- HEY JACK! QUAL É? – disse eu.
- É Taylor, se você não se movimentar logo um de nós vai fazer o serviço por você. – respondeu Jack.
- Ta! Tá! Mas o que aquele cara da boate disse pra ela quando ela entrou? – perguntei curioso.
- Que ela tem mesa reservada aqui em cima. –respondeu Kellan. – É, eu fiz 80% do caminho, cara! O resto agora é com você.

Os dois me deram umas tapas, me sacudiram e eu olhei pra eles. Eles ficaram sorrindo e fazendo sinais positivos pra mim. Olhei pra onde ela estava e não é que ela virou outra dose de tequila?Ela deu um beijo na bochecha do barman e saiu pra pista de dança. Era a minha chance.
Desci e logo a vi. Estava dançando sensualmente no meio daquelas pessoas. Estava um pouco escuro, apenas com luzes negras. Minha identidade estava protegida, mas eu podia vê-la. E estava linda mesmo. De perto era mais sexy, mais atraente. Seus movimentos me hipnotizaram de imediato. Devagar fui me aproximando, me deixando levar pelas pessoas que a rodeavam. De repente ela se virou e seus olhos encontraram os meus. Lunna sorriu.
Sua dança agora me convidava a me aproximar. E eu fui. Começamos a dançar aquela música alta e sexy. Senti que ela me queria mais e mais perto. Ela, insinuante, virou-se de costas e eu colei meu corpo no dela e fui seguindo seus movimentos. Ela pegou minhas mãos e fez com que eu a abraçasse. Senti seu bumbum durinho encostar-se aos meus quadris e o roçar dos seus movimentos me deixou excitado. Sim, eu não consegui me segurar. Ela sentiu isso e continuou a dançar mais e mais sensual. Estava me provocando.
Dançamos uma, duas, cinco... Dez músicas ali, colados... Sempre com ela se insinuando, sexy, provocante,tentadora. Olhava-me com desejo e eu retribuía sem pensar. Divina, eu sentia cada parte sedenta do seu corpo perto de mim. O seu cheiro já se misturava ao meu depois de tantas danças. Eu percorria seu corpo com minhas mãos grandes com certo receio. Não queria fazer o que não deveria. Não queria entrar naquele território sem ser chamado.
Então, ao fim de mais uma música ela me olhou e disse ao pé do meu ouvido:
- Whatare you waiting for?
Eu nada disse. Apenas segurei seu rosto com minhas mãos e a beijei com toda a vontade que eu guardei todo esse tempo. E que beijo era aquele... Que boca deliciosa era aquela... As mãos dela estavam por dentro das minhas duas camisas. Sentia seus dedos me tocando, suas unhas me arranhando, suas mãos me puxando pra colar ainda mais ao seu corpo.Senti-a pegar minha bunda com vontade e gemer ao sentir meu corpo. Segurei seus cabelos e puxei, encarando-a, devorando-a com o olhar, enquanto ela lambia e mordia os lábios e me olhava de volta.
Continuamos a nos beijar por um bom tempo. As mãos estavam perdidas: as delas em meu corpo e as minhas no dela.Pude sentir a firmeza do seu bumbum na escuridão daquele lugar. Deslizei meus polegares nas laterais dos seus seios e senti que ela tremeu ao perceber que quase fora tocada. Ela gostou e intensificou os beijos.
Então ela parou de me beijar.Olhou-me de um jeito diferente. Não havia mais sede eu seu olhar, mas certa ternura. Segurou-me pelos cabelos, assanhando minha cabeça, tascou-me um selinho, piscou o olho e saiu.
Eu fiquei parado, sem reação alguma. Olhei na direção que ela seguiu e vi que ela estava saindo da boate.Acordei e corri no meio da multidão, o que dificultou minha saída da pista.Quando consegui sair daquela muvuca vi de relance o seu vulto saindo do lugar.Corri até a porta e vi que ela estava na calçada fazendo sinal para algum táxi,enquanto eu estava preso na saída por um dos seguranças que tinha permissão denão me deixar sair sem a companhia de um deles. Quando consegui convencer ocara a me deixar ir corri na direção dela, mas era tarde. Ela tinha estrado notáxi e ido embora.
Pra piorar tudo fora fotografado.Cada momento daquele meu desespero em alcançá-la seria motivo de fofocas nos próximos dias.
* * *
- Você pode me explicar o que aconteceu ontem? –gritou Kellan invadindo o meu quarto na manhã seguinte.
- Nem eu sei, cara... – respondi. Eu já estava acordado e pronto pra treinar. Acho que nem dormi direito.
- Eu vi tudo, Taylor. Tudo! Vocês estavam praticamente incendiando a pista…
- Eu sei. Eu sei... Mas eu não sei o que aconteceu.
- Você nem pegou o telefone dela?
- Eu não tive a menor chance.

Ele e eu ficamos nos olhando coma maior cara de frustração que você pode imaginar. Depois saímos para os nossos treinos que hoje seriam no estúdio. Tínhamos que testar alguns movimentos, ensaiar algumas lutas.
Mal lá chegamos vieram o Rob e o Jack até nós com uma folha nas mãos. Eu já sabia do que se tratava. Era uma foto minha correndo em direção ao táxi e uma foto de Lunna segundos antes entrando no carro e a manchete: “Lautner perde rastro de Gata misteriosa”.
Aquilo me deixou preocupado. Nãopor mim, mas por ela. A reportagem não entrava em detalhes, mas a foto mostrava o rosto dela claramente, como também mostrava minha cara de desespero tentando alcançá-la. O jeito era esperar até segunda-feira para tentar falar com ela.
Como eu estava ansioso demais osábado e o domingo foram muito longos. A segunda-feira chegou e eu fui praacademia antes mesmo do horário marcado. Cheguei lá feito um louco. Olhei proslados e não vi ninguém. Então sentei e esperei. Passaram-se quase duas horas e nada. Os caras chegaram, nós continuamos nosso treinamento e nada de Lunna dar as caras.
No dia seguinte a mesma coisa. Ena quarta-feira e quinta-feira. Na sexta-feira a minha ansiedade começou a me atrapalhar nos treinamentos. Eu não podia mais esperar que ela aparecesse.Criei coragem e fui até o gerente perguntar por ela.
- Sr. Carter?
- Sim?
- Sabe aquela moça...
- A Lunna?
- Sim. Onde ela está. Não apareceu mais…
- Ah, ela está nadando mais cedo, lá pelas 5 da manhã, e está correndo no fim da noite, entre 8 e 10h. Ela começou os treinos de corrida esta semana. Está atrasada, sabe? A competição será em poucos mese se o programa dela está atrasado.
- Entendo. Onde posso encontrá-la?
- Bom, agora ela deve estar correndo ao redor do estádio do Lions.
- Obrigado!

Sai da academia, peguei o carro e acelerei até o estádio. Já conhecia bem a cidade e logo cheguei ao local. Era grande demais. Entrei com facilidade, pois não havia ninguém nos portões. Andei um pouco e vi a grama verde e, ao redor, uma pista de corrida. Lunna estava correndo, concentrada, como sempre. O técnico dela estava sentado num dos bancos que ali ficavam para os atletas. Ele se levantou, fez sinal que iria embora. Ela não respondeu, continuou correndo. Resolvi me sentar e observar.
Uns vinte minutos depois ela parou. Levantei e fui andando, descendo alguns degraus. Estava iluminado apenas na pista. Caso ela me notasse, talvez não soubesse que era eu. Aproximei-memais e a vi saindo para um dos vestiários dos atletas, que ficava no subsolo.Corri e desci até o campo e me direcionei até a entrada do lugar.
Devagar fui descendo as escadas eescutei o barulho do chuveiro. Pensei um pouco e lembrei-me do Kellan. Se eleestivesse aqui me empurraria vestiário adentro. Empurrado eu não fui. Na verdade, fui sugado pela curiosidade.

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