Capitulo 17
POV Evelyn
Os Cullen pareciam ter tudo sob controle, mas eu sabia que estavam preocupados se sobreviveriam caso os Volturi tentassem ser hostis.
Eu estava treinando minha força, minha agilidade e tentava descobrir meu outro talento todos o os dias. Nada estava exatamente bem.
Alice se concentrava 24h por dia para descobrir quando eles chegariam, Jacob estava treinando com o resto dos lobos, Nessie estava na casa de seu avô Charlie, e o restante dos Cullen esperavam tensos.
Certo dia, eu estava treinando minha velocidade com a ajuda de Edward. Consegui bater incrivelmente meu próprio recorde meu recorde de correr ao redor da mansão inteira três vezes em menos de 2 segundos!
- Muito bom Evelyn! - Edward estendeu a mão para o alto para que eu pudesse toca-la. Como um "toca aqui!". Projetei-me na ponta dos pés e bati na mão dele não com muita força. Porém, naquele toque, senti algo estranho, como se uma corrente elétrica estivesse invadindo meu corpo. Edward também sentiu, mas ele riu para disfarçar.
Depois daquela sensação estranha, continuei treinando mais um pouco e depois que começou a ficar tedioso, decidi parar e entrar na mansão.
Algo muito estranho aconteceu
Todos estavam em silêncio absoluto na sala, porém, eu ouvia vozes... Na minha cabeça
"Hmm, Preciso investir melhor em carros!" - Ecoou a voz de Carlisle na minha cabeça, que estava em silêncio sentado a sala lendo uma revista automotiva.
"Arght, esse vestido de Bella está me dando nojo..." - Ecoou a voz de Rosalie na minha cabeça, que conversava em voz extremamente baixa com Bella
"Está tudo bem! Está tudo bem... Não entre em pânico Alice..." - Era a voz de Alice que se concentrava sozinha, aparentemente falando consigo mesma.
Esme sorria assistindo TV, mas dentro de minha cabeça, eu a ouvia chorar. Emmett e Jasper estavam na floresta caçando. Bella parecia estar com a cabeça vazia.
Fiquei atordoada com aquilo! Era horrível! Era como se eu pudesse ouvir os gritos dos pensamentos de cada um! Aquilo era assustador, como vozes do além. Causava dor. Certa enxaqueca. Vozes e mais vozes se misturando dentro de minha cabeça. Eu não aguentei
- Saiam da minha cabeça!!! - Quando dei por mim, já estava com as mãos nos ouvidos gritando. De repente, fez-se silêncio, todos os Cullen agora olhavam pra mim sem reação. Se eu pudesse, teria corado. Subi correndo para o andar de cima. Mal percebi Esme me perseguindo.
Corri para dentro do meu quarto e tentei parar de ouvir vozes, que agora eram do tipo "O que foi aquilo?”.
- Evelyn? Querida, o que foi aquilo? - Esme entrou no meu quarto
- Eu não sei! - Se pudesse, eu estaria chorando. Minha cabeça martelava. Esme estava confusa - De repente, entrei na sala e pude ouvir os pensamentos de todos... Como... Edward - Só então me lembrei do estranho choque.
Esme estava sem reação. Parecia não saber o que fazer ou como reagir
- O que houve Evelyn? - Carlisle e Edward estavam agora na minha porta.
Expliquei a eles o que houve e Edward confirmou ter sentido também o tal choque estranho
- Isso é fascinante... Então, este é seu segundo dom... Absorver dons... Estou sem palavras... - Dizia Carlisle quase vomitando arco-íris de fascinação.
- Isso é angustiante... - Murmurei
- É sim... No inicio, parece que você vai ficar louco, mas com o tempo você aprende a bloquear algumas vozes e se concentrar em uma de cada vez... Posso te ajudar com isso maninha - Edward sorriu
- Seria ótimo... Será que eu... Deveria absorver os dons de outros?
Carlisle iria me encorajar a fazer isso, porém Esme protestou.
- Claro que não! Ela é só uma criança, não vai conseguir controlar tudo isso. É muita responsabilidade, fora ser também uma enorme tortura mental! - Disse Esme em protesto.
- Não, tudo bem Esme, eu consigo! Serei uma espécie de arma secreta contra os Volturi...
- Isso só fará eles te desejarem mais e mais para que se torne uma Volturi
- Eu jamais faria isso!
- Se eles ameaçassem matar todos nós, para nos manter vivos, você faria! - Esme estava dando broncas e lições como uma mãe de verdade. Como as mães sempre tem razão. Percebi que nesse caso, Esme também tinha... Mas isso era uma coisa muito boa pra se deixar passar
Agora, todos os Cullen estavam no meu quarto. Houve uma pequena grande reunião lá. Depois de horas discutindo sobre, Esme concordou em me deixar absorver um pouco dos poderes de todos na casa.
- Está bem... Mas tome cuidado Evelyn... Por favor... - Agora ela chorava mentalmente de novo. Eu assenti
Alice, Jasper e Bella estavam um pouco apreensivos mentalmente, mas esticaram a mão para que eu pudesse absorver um pouco de seus poderes também. Era estranho por que eu só conseguia absorver um pouco do poder, por que eu não conseguia ver imagens na mente dos Cullen como Edward, apenas ouvir pensamentos.
Toquei a mão de Alice apreensiva. De inicio, não senti nada, mas um choque diferente do de Edward percorreu meu braço, indo diretamente a minha cabeça. Fiquei zonza, mas garanti que estava bem. Ainda não conseguia ver o futuro, mas agora não era mesmo hora pra isso.
Depois, toquei as mãos cheias de cicatrizes de Jasper. Dessa vez, o choque pareceu mais fraco e calmo. Também não testei o poder dele em mim de imediato. Faltava absorver o de Bella
Por fim, toquei a mão perfeita de Bella. O choque que senti dessa vez foi como um empurrão. Uma massa jogada em mim. Ignorei a dor e balancei um pouco o braço.
Esme me encarava preocupada.
- Como se sente Evelyn?
- Não sei ao certo... Acho que preciso de um tempinho.
Fiquei lá me concentrando com os olhares em cima de mim, até que aparentemente, a dor dos choques passou.
Li os pensamentos preocupados de Esme
- Esme... Mamãe... Você precisa se acalmar... - Testei os poderes de Jasper sobre ela - Eu vou ficar bem... - Esme pareceu mais relaxada, instantaneamente. Ela suspirou
- Incrível... Obrigada Evelyn... - Ela sorriu e eu sorri de volta
Agora eu testaria o poder de Bella
- Edward, tente se concentrar em meus pensamentos. - Me concentrei para ativar o escudo de Bella sobre minha mente e bloquear para que Edward não pudesse decifrar meus pensamentos. Era um pouco difícil, mas vi que deu certo quando vi que Edward parecia frustrado.
- Impressionante... - Ele sorriu. Carlisle parecia um poço de entusiasmo ao seu lado.
Agora, eu testaria o poder de Alice.
Concentrei-me no futuro. Me concentrei mais. Me desliguei da sala dos Cullen e fui para um lugar em minha mente. Era escuro. Mas eu senti que era lá que as visões apareciam quando apareciam.
- Não fique assim Evelyn - Alice me animou - Também tem hora que dá branco em mim. Elas não veem simplesmente quando eu quero...
- É, mas acho que sei mais ou menos como será a experiência - Eu disse e Alice sorriu
- Estou feliz por isso!
Carlisle me questionava sobre minhas experiências com tantos poderes, eu respondia e ele anotava tudo numa agenda.
Depois de uma série de questões, disse a todos que eu precisava descansar a mente, e depois de tudo isso eu precisava mesmo. Desejei a todos boa noite e subi pro meu quarto.
Deitei-me e tentei esvaziar a mente. Meu corpo não sentia cansaço, mas minha mente sim. Parecia esgotada. Eu até sentia dor de cabeça. Como aquilo seria possível para uma vampira?
Decidi ouvir música no iPod pensando em nada. Nada mesmo. Nem em Jacob, e o quanto ele havia sumido. Nem em Nessie que estava fora de casa a mais de uma semana. Pensei no vazio. Literalmente. Meditando o nada. Isso era reconfortante.
De repente, eu tive uma visão. Foi uma das piores experiências de todas. Era como sonhar de olhos abertos sem poder acordar. O problema era que não eram sonhos, eram pesadelos. Era como se algo me obrigasse a ver um filme ruim. E eu simplesmente via
Na visão, eu via a mim mesma, lutando como muita agilidade contra vários outros vampiros que usavam roupas escuras, e no meio das luta, quando o vampiro ficava vulnerável, eu tocava sua mão e absorvia seu poder. O choque era pior do que qualquer choque dos Cullen junto. Parecia que quanto mais forte o poder, mais forte o choque.
Mesmo sem nunca ter visto eles, eu sabia que em minha visão eu lutava contra os Volturi. Enquanto eu dilacerava vampiros, um vampiro em especial, de cabelos longos, me olhava com desejo de cobiça. Mesmo sem conhecer, eu sabia que aquele era Aro.
A visão se apagou, e eu voltei a mim ofegante, como alguém volta à superfície sem ar depois de um longo mergulho.
O pior daquela visão era que ela não estava concluída. Estava pela metade. E eu tinha a sensação de que ela se tornaria real. Mais cedo os mais tarde. E eu teria que criar o final dela, com as minhas decisões.
Eu precisava combinar com os Cullen um plano de ataque.
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